O que é epilepsia e por que acontece?
A epilepsia é um distúrbio neurológico caracterizado por uma predisposição do cérebro a ter crises epilépticas repetidas vezes em intervalos variáveis. Essa condição é bastante comum, acometendo principalmente crianças e idosos.
Neste artigo, vamos explicar o que é epilepsia, os principais sintomas e as possíveis causas dessa condição. Entenda a seguir!
O que é epilepsia?
A epilepsia é uma alteração do funcionamento do cérebro, que se manifesta pelas crises epilépticas. Essas crises consistem em uma descarga anormal das células cerebrais – os neurônios, fazendo o cérebro emitir sinais inadequados.
Para ser diagnosticado com epilepsia, o paciente deve apresentar algum dos três quadros seguintes:
- crises epilépticas mais de duas vezes, separadas por um intervalo de 24 horas;
- uma crise, com probabilidade maior de 60% de apresentar uma segunda crise em 10 anos;
- uma síndrome epiléptica bem definida.
As crises epilépticas podem ser classificadas em dois tipos:
- Crise focal ou parcial: ocorre quando a descarga anormal de neurônios se restringe a uma área do cérebro. Geralmente, o paciente não tem perda de consciência e pode ou não apresentar abalos motores.
- Crise generalizada: ocorre quando a descarga se espalha para todo o cérebro, acarretando perda de consciência. São exemplos a crise de convulsão e a crise de ausência.
Aqui, é importante ressaltar que
epilepsia e convulsão não são a mesma coisa.
A convulsão é um tipo de crise epiléptica que cursa com abalos motores e, para que a condição seja considerada epilepsia, deve haver a repetição das crises. Além disso, nem toda crise epiléptica é convulsiva.
Quais os sinais e sintomas?
A epilepsia pode se manifestar de diferentes formas, e os sinais e sintomas variam conforme o tipo de crise.
No caso da crise convulsiva, também chamada de crise tônico-clônica, há sintomas como:
- contração involuntária da musculatura;
- corpo rígido;
- movimentos desordenados;
- tremores e contração dos membros;
- perda de consciência;
- perda de esfíncter (urinário e fecal);
- mordedura da língua;
- salivação excessiva.
Já na crise de ausência, o paciente manifesta uma espécie de desligamento, apresentando sintomas como:
- olhar fixo;
- perda de contato com o seu meio;
- às vezes movimentos automáticos.
Vale mencionar que, quando uma crise epiléptica é acompanhada de perda de consciência, o paciente pode apresentar, depois do episódio, sensação de confusão e déficit de memória.
Além disso, crises com mais de 30 minutos de duração sem retorno da consciência podem ser bastante graves, chegando a afetar as funções cerebrais do paciente.
Quais as causas da epilepsia?
Existem diversas causas possíveis para o desenvolvimento da epilepsia. Normalmente, a condição é um sinal clínico de que o paciente tem alguma outra alteração, seja genética, seja na estrutura do cérebro.
Nesse sentido, a causa da epilepsia pode estar relacionada a outras condições de saúde como:
- AVC (acidente vascular cerebral);
- tumores cerebrais;
- traumatismos cranianos;
- nascimento prematuro;
- anóxia neonatal (falta de oxigênio no cérebro durante o parto);
- problemas de metabolismo desde o nascimento;
- malformação congênita, como hidrocefalia;
- traumas no parto.
Em relação à causa genética, o paciente pode desenvolver a epilepsia simplesmente por predisposição, mesmo que não apresente nenhum problema estrutural no cérebro e nenhum familiar com epilepsia.
Também vale mencionar que, para a investigação da causa da epilepsia, a idade é um fator importante. Em adultos, por exemplo, as causas tendem a ser os traumatismos, tumores cerebrais e AVC.
Já em crianças, as causas estão mais frequentemente relacionadas a condições do neurodesenvolvimento, problemas no período neonatal e predisposição genética.
Independente da causa, a epilepsia tem tratamento. Medicações antiepilépticas são utilizadas para o controle da frequência de crises. Alguns casos podem ser considerados curados após um tempo de tratamento e acompanhamento. Já em casos mais graves, nas chamadas epilepsias refratárias, outras opções de tratamento são disponíveis, como cirurgias.
Por fim, em caso de algum sinal ou suspeita, lembre-se de que é fundamental consultar um especialista para obter o diagnóstico correto e o tratamento mais adequado. Para mais informações sobre condições neurológicas, acompanhe a nossa
Central Educativa!